Da
crise no Comité Central da UPG em 1976 à cisom da FPG em 1989
Luís Gonçález Blasco ”Foz” foi co-fundador da UPG e
é um histórico militante independentista.
In memoriam, Para Gaël que aparece na capa do número 2 de Galiza Ceive levando a faixa.
3.3 GALICIA CEIBE (OLN)
Já no programa do PGP (p. 25), editado
em 1978, se fala de construir umha frente de libertaçom nacional referindo-se
aos Terra e Tempo de Julho e Dezembro de 1972, Março de 1973 e Julho de 1977
[1]
. No número 2 de Sempre en Galicia (Fevereiro 1979) publica-se
o artigo Creemos unha organización de masas (texto escrito por mim, por encargo
do partido) no que se fai um chamado a todos os nacionalistas e a todos os
partidos e organizaçons de direcçom nacional galega verdadeiramente autodeterministas
para construírem entre todos a organización patriótica apartidaria que Galicia
necesita prá sua liberación nacional. Nel critica-se a orientaçom dada à AN-PG
nos últimos tempos pola direcçom da UPG, mas deixa-se claro que a nova organizaçom
nom vai ser um rival político da AN-PG, considerada umha organizaçom patriótica
galega ainda que leve umha política errada. No seguinte número de Sempre en
Galicia (Julho de 79), já se dá a notícia da criaçom de Galicia Ceibe. Esta
organizaçom é conseqüência das municipais de 79; o PGP, que chamara à abstençom
nas eleiçons para o parlamento espanhol, tomou com grande interesse as municipais
intentando umha uniom democrática, galega, e popular, fundamentalmente dirigida
aos partidos nacionais galegos, mas da que nom se excluíam os partidos espanhóis
rupturistas sob determinadas condiçons; ao nom triunfar esta iniciativa, o
PGP procura incluir algum nome nas listas do BN-PG, de UG (Santiago, Vila
Boa e Monforte) ou colaborar em listas independentes, como em Melide; em Vigo
promoveu a plataforma eleitoral Galicia Ceibe que sem conseguir representaçom
municipal obtivo um número importante de votos. O artigo intitula-se Galicia
Ceibe, Organización de Liberación Nacional e começa assi:
O pasado 21 de abril celebrouse en Vigo a I Asamblea despois das eleicións municipais, de GALICIA CEIBE, coa presencia de todos os que participaron na dita candidatura, máis outras persoas de moitos municipios de Galicia que ideolóxicamente se atopaban na mesma liña. Na Asamblea acordaron constituirse nunha organización asamblearia co mesmo nome, que sexa válida para toda Galicia, pedindo a sua legalización.
Mais adiante acrescenta-se: O noso
Partido apoiará críticamente a GALICIA CEIBE, tal como está concebida no
documento político que a seguir reproducimos íntegramente, reproduz-se
seguidamente a Proposta de marco organizativo de Galicia Ceibe.
No primeiro ponto desta proposta,
GC define-se a favor da autodeterminaçom, segundo isto tinham cabida nela nom
independentistas, mas na prática GC sempre foi vista, por próprios e alheios,
como organizaçom independentista. Como se vê, o PGP salienta a independência
orgánica e política entre el e a nova organizaçom; isto nom empece que no mesmo
número do vozeiro se chame a participar na manifestaçom do 25 de Julho
convocada por Galicia Ceibe e nom polo PGP, entre as palavras de ordem da
manifestaçom figuram Independencia e socialismo.
Perante as eleiçons, a política de
GC é umha continuaçom da do PGP: abstençom nas gerais e autonómicas e
participaçom nas municipais. Também participa activamente no referendo sobre a
permanência na OTAN fazendo propaganda polo nom. Em 1981, apresenta umha
candidatura às autonómicas para aproveitar as possibilidades legais de utilizar
os meios públicos de comunicaçom, a sua campanha será umha defesa dos presos e
um chamado à abstençom; ao final da campanha retira a sua candidatura. No
balanço que fai no 21 de Outubro, salienta o êxito da abstençom (57%) saudando
também como um triunfo a presença do Bloco-PSG e de EG no parlamento galego.
Galicia Ceibe vai encontrar
problemas para a sua legalizaçom (o PGP nunca a solicitara), o Ministério do
Interior envia aos promotores umha lista de questons a corrigir nos estatutos
ao tempo que o Fiscal do Estado acusa-os de separatismo, anti-constitucionalidade,
etc.; finalmente GC é legalizada, sendo inscrita no registo de partidos
políticos em 28 de Agosto de 1981.
Desde a apariçom de GC produz-se
umha tendência no PGP a levar adiante o seu trabalho político através de GC,
ainda que de tempo em tempo o PGP manifeste a sua posiçom perante a situaçom
política. É significativo que desde Julho de 1979 nom apareça o Sempre en
Galicia até Julho de 1980 em que sai à rua com umha apresentaçom muito mais
modesta, o contido ainda é valioso mas nom está à altura dos três primeiros
números. No vozeiro (sem numerar, se calhar para dissimular o tempo
transcorrido desde o número 3) informa-se da criaçom da CSG e da participaçom
do partido na mesma, pola contra dá-se conta do isolamento de GC e o PGP por
parte de outros sectores nacionalistas que nom os convidam a participar na Mesa
de Forzas Políticas Galegas que acabam constituindo o Bloco e o PSG e a cujas
juntanças prévias foram convocados o PG e o POG. Perante o próximo referendo
estatutário, o PGP defende a abstençom activa e a boicotagem ainda que também
considere positivo o voto negativo (defendido polo Bloco). Em Dezembro do mesmo
ano volta a sair, por derradeira vez e também sem numerar, o Sempre en Galicia,
recuperando o seu formato tradicional mas com as oito páginas dos três
primeiros números reduzidas a quatro: ocorre isto nos momentos em que
praticamente desaparece o PGP e deve ser atribuído a “demonstrar” que os duros
golpes da repressom de Setembro nom conseguiram acabar com os comunistas galegos
de prática independentista; é importante a presença dos presos no jornal mas,
curiosamente, o PGP nom fala deles em tanto que partido: reproduz um comunicado
dos presos chamando à boicotagem do estatuto por umha parte e por outra
reproduz um artigo do primeiro número de Setembro (15 de Novembro) intitulado
“A prensa galega e a detención de 16 nacionalistas galegos”, também se reproduz
a cabeceira do vozeiro ánti-repressivo.
No número 7 de Espiral, o grupo
liquidacionista de Galicia Ceibe (que ficara com o vozeiro da organizaçom) fala
da derrota do independentismo inspirado no marxismo-leninismo do programa do
PGP, acrescentando:
Esta derrota non é de hoxe: producírase moi atrás. Tivo o seu primeiro acto no masivo abandono e paralización das actividades directas do PGP por parte de máis de un cento de militantes. Produciuse cando o ponto de vista comunista do PGP tivo que reducirse, pola forza dos abandonos, da nugalla e da pasividade dos máis dos seus membros, a se manifestar a través de “Galicia Ceibe” organización de masas creada polo PGP [2] . No intre actual, os mesmos abandonos, a mesma nugalla, a mesma pasividade, aconsellaban a liquidación de “Galicia Ceibe”-OLN, e a autoexclusión dos máis dos seus derradeiros activistas.
Apesar da sinceridade aparente do
documento liquidacionista e a correcçom de alguns dos seus pontos haveria que
ter em conta outras causas.
Em Setembro de 80, numha operaçom
policial, que levaria ao desmantelamento da LAR, som detidas dezasseis pessoas,
algumhas delas vinculadas ao PGP e/ou a GC, outras vem-se obrigadas a fugir
a Portugal, outras devem agachar-se durante algum tempo. Esta operaçom pretendia
liquidar o independentismo utilizando o pretexto da LAR. Entre os detidos
está Méndez Ferrín, umha série de militantes comprometidos na luita popular
contra a autopista como Edelmiro Domínguez, Luciano Prego, Luís Calvar, Patrício
Recamán, Nieto Pereira e o recentemente falecido Antom Bértolo Losada (militante
do PGP e de GC que chegaria a militar em APU), e outros nacionalistas de esquerda.
Depois de dez dias de incomunicaçom absoluta, com maus tratos físicos e psíquicos,
só Pousada Cubelo e José Luís Vilhaverde serám postos em liberdade sem cargos,
o resto som processados; durante os meses seguintes alguns vam saindo da cadeia
pagando importantes fianças, mas em Novembro de 81 ainda permanecem encarcerados
Nieto Pereira, Cide Cabido, Antom Árias, Edelmiro Domínguez, Francisco Atanes
e Arturo Estévez; na altura todos militantes de GC ainda que Edelmiro (CSG)
e Estévez (IG) só se integrariam em Galicia Ceibe dentro do cárcere. Quando
se celebre o juízo, a sentença, de 2 de Abril de 1982, condena só Recamán,
Atanes Gómez, Nieto Pereira, Cide Cabido e Árias Curto; os três últimos permanecerám
em prisom até que um indulto, solicitado polos próprios presos que consideravam
que o seu papel no cárcere estava cumprido e que seriam mais úteis ao movimento
fora que dentro
[3]
, de 9 de Fevereiro de 1983 os ponha em liberdade.
O Estado espanhol intentou
criminalizar o independentismo e acabar com o PGP e GC identificando ambas as
organizaçons com o grupo LAR. Como se di num comunicado do PGP:
Confundir o Partido Galego do
Proletariado cunha organización armada é un claro intento de establecer, dun xeito
desesperado, as bases dunha feroz represión contra unha alternativa
nacionalista e independentista, de inspiración marxista-lenista.
Também Nieto Pereira deixa esclarecida
a independência orgánica entre LAR e PGP-GC (OLN) na carta que escreve desde
o cárcere de Segóvia e que seria publicada no número 6 de Man Comun (Janeiro
de 1981)
[4]
: Tamén as organizacións às que pertencemos están ben claras:
Galicia Ceibe, Irmandade Galega, CSG, Bloque, libertários e independentes.
De qualquer jeito a acçom policial e judicial supujo um rudo golpe para um
movimento independentista que nom pudo respostar com a força necessária.
A raiz das detençons de 1980 fundam-se
as Xuntas Galegas pola Amnistía (XUGA) que publicam em Dezembro do mesmo 1980
o primeiro número do seu vozeiro Setembro
[5]
; desde entom e até a saída dos últimos presos, a maior
parte da actividade de GC centrará-se no trabalho das XUGA para além da celebraçom
das datas fundamentais do nacionalismo revolucionário (10 de Março, 1º de
Maio, 25 de Julho, 12 de Agosto, etc.), do trabalho sindical e de um achegamento
ao resto do nacionalismo que chega ao seu ponto mais álgido em 1982 ao se
constituir a Frente Patriótica, este achegamento frustra-se com a criaçom
do BNG.
As XUGA desaparecem com a saída
dos últimos presos para reaparecerem em Junho de 1988 com motivo das novas
detençons de independentistas.
Ao golpe repressivo de Setembro de
80, haverá que somar o desencanto político que produz o assentamento e
consolidaçom da chamada Reforma Política e a conseguinte derrota das posiçons
rupturistas. O golpe de estado de 23 de Fevereiro de 1981 agudizaria este
processo que também tivo conseqüências na UPG.
O facto de GC, que pronto fará seguir estas siglas das de OLN (Organización de Liberación Nacional) que nom figuravam no projecto inicial nem no registo oficial de partidos políticos, insistir a cada mais nas palavras de ordem de Independência e Socialismo, abandonando na prática o inicial programa popular (a decantaçom explícita polo socialismo fará-se no IV Plenário, celebrado em Melide, como verei mais adiante) e autodeterminista, fai desaparecer as diferenças ideológicas que pudessem distingui-la do PGP. A diferença limitaria-se ao terreno organizativo: centralismo democrático no PGP, assemblearismo em GC; é lógico que nestas circunstáncias GC (OLN) vaia ocupando todo o lugar político e o PGP fique reduzido a um programa que, significativamente, será parcialmente reproduzido no número 2 de Espiral; ignoro se o PGP foi formalmente dissolto numha data determinada, eu -que era militante- nunca fum informado de tal cousa, já vimos o que se dizia no número 7 de Espiral: nada concreto, no mesmo número a colaboraçom de Cide Cabido fala-se da desaparición primeiro do PGP sem concretizar mais nada; no editorial do número 3 de Galiza Ceive (Outubro 1985) di-se:
Com as detençons de setembro do 80,
o exílio forçoso para outros e o ocultamento de outros, junto à insolidariedade
de outros, o Régimen dava-lhe um golpe duro aos independentistas galegos.
A incapacidade real de continuidade para os que ficárom, a deserçom desleal
e irresponsável de muitos, e outros motivos -nom é esta a ocassom de detalhá-los-
tivérom como resposta a dissoluçom do PGP e do que pudo ser o germen do nosso
futuro e necessário Exército Popular de L.N.
[6]
Tampouco aqui se dá umha data concreta
nem se fala de um acto formal ainda que coincide com outros testemunhos (e
a minha opiniom) em atribuir a desapariçom do partido às detençons de 1980
[7]
apesar de que o PGP emite comunicados posteriores. O último
panfleto que conheço com a sua assinatura é de 25 de Julho de 1981, intitulado
A patria galega está na cadea fala, fundamentalmente, dos presos e chama a
acudir à convocatória de Galicia Ceibe (OLN) sem convocar el mesmo. Deve-se
concluir que o PGP deixa de funcionar como partido a finais de 1980 ainda
que os seus antigos militantes, que continuam desenvolvendo um trabalho político
através de GC e das XUGA editem e difundam algum documento em ocasions determinadas.
Galicia Ceibe celebra o seu IV
plenário em Melide os dias 24 e 25 de Abril de 1982. Neste plenário aposta-se
forte polo movimento unitário que está a viver o nacionalismo e que estudarei a
seguir; GC estabelece umha série de pontos básicos para a unidade nacionalista:
Autodeterminaçom, amnistia total, retirada paulatina dos corpos repressivos da
Galiza e elaboraçom de umha tabela reivindicaticativa que signifique um
programa de acçom, a curto prazo, contra as agressons mais patentes do Estado
espanhol contra o nosso país. A organizaçom acordou dirigir-se à UPG, AN-PG,
PSG e aos autoexcluídos e expulsados da UPG durante o ano 1981 com o fim de
celebrar umha juntança em que se discutissem estes pontos. Com a mesma
perspectiva tratou-se do plano eleitoral que, para GC, nom podia ser um elemento
prioritário no programa da futura frente; no campo sindical, GC, congratula-se
da confluência que se está a dar entre INTG, CSG e sindicatos de ramo. Quanto à
situaçom política galega, considera-se que o nacionalismo está num momento de
resistir mais que de avançar; o independentismo, pola sua parte, deve recuperar
as raízes populares, sentar as bases e reorganizar-se para implantar-se num
futuro o mais próximo possível. Estrategicamente GC reafirma-se no
independentismo aparecendo, por vez primeira, a opçom socialista que até agora
estava matizadamente velada no seu programa. Salientam-se também os contributos
dos camaradas encarcerados.
Em 1982 dá-se um intento de reagrupamento
do nacionalismo de esquerdas numha frente patriótica[
[8]
27], este processo deve-se pôr em relaçom com o achegamento
entra as duas centrais sindicais galegas -CSG e INTG- e os sindicatos de ramo
que acabariam por fusionar-se em Setembro. Em 30 de Maio constituiria-se em
Compostela umha Junta Gestora da Frente Patriótica em que participam ERGA,
PSG, GC, AN-PG, UPG, ANG
[9]
, o colectivo libertário Arco da Vella e umha série
de independentes e colectivos; mas para chegar aqui houvo que percorrer um
longo caminho. A origem remota há que procurá-la na Mesa de Forzas Políticas
Galegas (MFPG) constituída em 11 de Janeiro de 1980 polo BN-PG e o PSG.
O primeiro chamado podemo-lo ver
no artigo publicado por Cláudio López Garrido no número 176 do semanário nacionalista.
No número 180
[10]
, Lois Diéguez publica a tribuna A necesidade dun Frente
Patriótico em que se di textualmente:
O V Plenário Nacional (da AN-PG) divídese en duas fases: na primeira, que rematará os dias 3 e 4 de abril, debátese entre a militáncia o Proxecto de reformulación baseado nuns princípios políticos e organizativos que responden á filosofia antedita. Nesta fase estase a contactar escalonadamente con Partidos, Grupos e persoas para que discutan tambén estes pontos e mostren o seu parecer. No caso de que isto sexa aprobado, na segunda fase, definidos xa os que entren a apoiar o Frente Patriótico, elexiranse os organismos nacionais que representen á Organización e determinarase a política a seguir nos próximos dous anos.
No mesmo número, Joám Facal expom
as ideias de EG sobre a unidade do nacionalismo salientando as diferentes
opinions do seu partido em torno às mesmas.
No número seguinte, dedica-se umha
dupla página aos presos de GC
[11]
, isto já é indicativo da mudança de atitude que se está
a produzir; para além da sua situaçom pessoal, actividades anteriores e algumhas
opinions, procura-se, também, conhecer a sua opiniom sobre a unidade nacionalista,
pergunta-se-lhes:
En todo este tempo debestes pensar
moito na situación política galega. ¿Cal é a vosa opinión vista desde detrás
das reixas?
Entre outras cousas, vam
manifestar, com claridade, umha posiçom favorável à unidade:
Unha análise fonda da nosa
situación levaríanos a comprender que o nacionalismo de esquerdas debe
reconcentrarse, confluir por riba das ideoloxias de grupo, volver os ollos á
realidade da explotación de Galiza, e recuperar a unidade, porque de non
facelo, estaríamos esquecendo que, para resolver as contradicións a favor do
povo traballador, son precisas todas as forzas orgánicas e sociais
obxectivamente interesadas na revolución nacional-popular.
Em Março, dam-se uns factos em
Santiago que seriam inconcebíveis um ano antes. No dia 20 convoca-se na Alameda
umha manifestaçom pedindo a liberdade dos presos independentistas; a
assistência foi muito elevada e a repressom policial tam dura que a
manifestaçom nom conseguiu sair da Alameda: Beiras foi materialmente arrastado
por quatro polícias; Francisco Rodríguez e Bautista Álvarez fôrom duramente
golpeados, apesar de que o último fijo constar a sua condiçom de parlamentário
galego; evidentemente fôrom muitos mais os golpeados, eu próprio levei um bom
“toletaço” cujo sinal conservei mais de umha semana. Fôrom detidos: Beiras;
Suso Vega e Xosé Maria Montserrat (dirigentes do MCG), Aurichu Pereira, Daniel
Romero (do CC da UPG), Néstor Rego, López Ciprián, Xosé Rodríguez Cabido e
Miguel Costas que tivo que ser hospitalizado com umha contusom num olho. Os
detidos permanecêrom no comissariado até as nove da noite, hora em que fôrom
levados ao Julgado, ficando depois em liberdade. Também foi retido o fotógrafo
Xurxo Lobato, a quem lhe quigérom arrebatar a máquina fotográfica, no forcejo
resultou contusionado no peito, foi posto em liberdade as duas e meia da tarde;
ao fotógrafo d’A Nosa Terra tirárom-lhe o rolo. Na tarde do domingo, fôrom
levados ao comissariado sete estudantes que colavam cartazes e repartiam
panfletos convocando umha Assembleia de Distrito para segunda-feira, umha vez
identificados fôrom postos em liberdade. Na assembleia condenou-se a repressom
e organizou-se umha manifestaçom de protesto; perto de quinhentos estudantes
saírom da Praça de Cervantes, sendo dispersados pola polícia nas proximidades
do Ensanche. O insólito nom foi a repressom policial, mas a participaçom da
UPG-AN-PG na mobilizaçom, realmente algo estava a mudar no seio do nacionalismo
de esquerda. No mesmo número d’A Nosa Terra, 182, dá-se notícia do III
Congresso do PSG, nel fai-se outro chamado à unidade nacionalista:
... chamamos a todas as organizacións galegas a unirse baixo uns princípios básicos para a defensa da nosa nación.
O Congresso também propom a
confluência da CSG com a INTG e os sindicatos de ramo nacionalistas para
caminharem para a CSUGA.
O número 185 informa da celebraçom
do V Plenário da AN-PG, também nel se reiteram os chamados à unidade, a nova
frente define-se como:
... unha organización política que ten como obxectivo estratéxico a conquista da soberania nacional de Galiza. Neste frente pode organizarse calquera patriota que se comprometa a defender os princípios políticos que o Frente propugna, proveéndose do carné de militante. Pode aderirse tamén ao Frente calquera partido ou organización que non estea en contradición práctica nen teórica cos princípios programáticos do FP.
Ao Plenário assistem convidados de
dentro e de fora da Galiza; na sessom de clausura falam, entre outros,
representantes da CSG e a INTG, assi como de GC e o PSG.
No número 191 dá-se a notícia de
que no proximo 30 de Junho celebrará-se em Santiago a primeira juntança da
gestora aberta para tratar de articular umha frente nacionalista. A AN-PG,
GC, PSG, UPG, Independentes de Santiago e da Corunha (entre os que figuram
nacionalistas conhecidos como Beiras ou Ramón Muñiz de las Cuevas), o Colectivo
Asambleário de Nacionalistas Galegos
[12]
e o Colectivo Libertário Arco da Vella fam um chamamento
a todas as organizaçons e colectivos para que acudam ao encontro. No seguinte
número dá-se notícia do encontro:
O domingo dia trinta quedou
constituía a Xunta Xestora Frente Nacionalista Galego formada por dous
representantes dos distintos partidos, independentes e colectivos
presentes.(...)
Nesta reunión estiveron presentes dous grupos da Coruña, un
independente e un colectivo; Xosé Manuel Beiras e Ramón Muñiz por Santiago por
Santiago (sic, suponho que Beiras estaria por Santiago e Muñiz pola Corunha) o
Grupo Independente do Condado, ERGA, PSG, Galícia Ceibe, AN-PG, UPG, Colectivo
Libertário Arco da Vella e Asamblea de Nacionalistas Galegos.
Resulta estranha a ausência do
Colectivo Asambleário de Nacionalistas Galegos que assinara o chamado; deve-se
ter em conta que a vida deste grupo, como a de alguns outros contemporáneos,
foi breve; nom chegando, às vezes, a estabilizarem-se. Imediatamente começou um
processo de criaçom de gestoras locais, como se informa no número 194 d’A Nosa
Terra; nesse mesmo número publica-se um comunicado em que se di:
Un fato de nacionalistas independentes, é dicer, non organizados en ningún partido, asamblea ou colectivo político, vimos de ter un encontro o pasado sábado dia 29 co obxecto de tratar o proceso de unidade do nacionalismo que se está a encetar e o noso papel nel.
Por unha banda concluímos na
necesidade de dotarnos dunha estrutura e coordinación mínimas, que permitan a
nosa participación activa no mentado proceso e non quedar como meros comparsas
...
Doutra banda consideramos que o
noso papel estaria basado fundamentalmente en tratar de superar as dificuldades
nas relacións entre os distintos partidos e colectivos para acadarmos a unidade
...
Como remate, dam-se uns nomes e
uns números de telefone para que contactem os nacionalistas independentes que
desejarem coordenar-se com eles para os mesmos fins. Os nomes som os seguintes:
Encarna Otero (de Santiago), Xácome Santos (da Corunha ) e Manuel Sendón (de
Vigo).
Em 27 de Junho, perfila-se definitivamente
a Alternativa Política do Frente Nacionalista Galego. A gestora nacional,
reunida em Compostela, aprova um documento que será discutido nas diferentes
zonas. O número 195 d’A Nosa Terra reproduz o documento na sua integridade.
No número 198 dam-se duas notícias
negativas para o processo de confluência: A ANG, reunida em assembleia em
onze de Julho, acorda retirar-se da Gestora Nacional. O motivo aduzido é a
aprovaçom do documento e a sua passagem às diferentes zonas, ao tempo que
se nega a discussom e reparto, em pé de igualdade, de um documento alternativo
elaborado por eles; conseqüentemente, retiram o seu apoio à manifestaçom unitária
convocada pola Gestora para o 25 de Julho. Por outro lado, publica-se um documento
conjunto de EG e o Grupo Nacionalistas de Esquerdas
[13]
, nel consideram que existem duas estratégias bem diferenciadas
no nacionalismo galego -a dos grupos integrados na gestora e a deles- e que
nom resultava possível a unidade entre elas. Em realidade, EG sempre mostrara
fortes reticências a participar no processo polo qual esta toma de posiçom
nom resultava estranha e algo parecido ocorria com o grupo de Lugo.
Durante toda esta fase, apareceram
diversas tribunas de opiniom n’A Nosa Terra a propósito da unidade nacionalista
e os seus problemas. Duas delas estavam assinadas polos dirigentes de GC,
García Crego e Méndez Ferrín (números 194 e 199, respectivamente).
A Gestora convocara a manifestaçom
unitária do 25 de Julho sob o lema Galiza Nación, na cabeceira iam os
representantes da Gestora -Lois Diéguez, Antom Bértolo Losada, Xosé Manuel
Beiras, Xácome Santos, Manuel Soto, Mário López Rico e Bautista Álvarez-
portando umha faixa com o lema da manifestaçom. Desde o ano 79 o acesso à
cidade velha estava proibido às manifestaçons nacionalistas; em 1982, a
ocupaçom da cidade polas forças repressivas foi mais grande que nunca, nom
faltando numerosas provocaçons por parte das mesmas. A manifestaçom tivo que
findar na praça de Galiza, constantemente sobrevoada por um helicóptero da Guarda
Civil; ali falárom os oradores, entre eles os representantes da Gestora: Lois
Diéguez, Antom Bértolo, Mário López Rico, Bautista Álvarez e Xosé Manuel
Beiras. Todos celebrárom a unidade e denunciárom a repressom que impedia a
entrada na cidade velha dos manifestantes; Antom Bértolo manifestou a sua
contrariedade por nom poder ler um comunicado dos presos. Rematada a
manifestaçom, produzírom-se uma série de “saltos” na cidade velha em que
participárom mais de meio milhar de pessoas, isto apesar de que cada praça e
cada rua estava tomada por efectivos policiais vidos de toda Galiza e da
terceira e nona regions militares, eram perto de três mil fardados aos que
haveria que acrescentar os que vestiam roupa civil; houvo constantes incidentes
e alguns manifestantes fôrom “retenidos”.
O 26 de Setembro concluía na Corunha
este processo. As discussons mais fortes girárom em torno à concorrência aos
processos eleitorais e ao nome da futura organizaçom unitária, o binómio UPG
- AN-PG, e alguns independentes que giravam na sua órbita, queria impor o
nome de Bloque Nacionalista Galego, o resto das forças organizadas nom o aceitava
preferindo outros como Galicia Unida ou Frente de Unidade Nacionalista; o
que pairava sobre a discussom é que o nome proposto supunha umha continuidade
do BN-PG e de umha etapa política marcada polo sectarismo. O nome de BNG acabou-se
impondo pola força dos votos sem ter em conta os argumentos dos que consideravam
necessário um novo nome para umha nova etapa; os partidários de BNG argumentavam
que se devia rentabilizar umha tradiçom existente mentres que os seus adversários
queriam, precisamente, romper com os aspectos negativos dessa tradiçom. Depois
da votaçom do nome (que deu como resultado: Bloque Nacionalista Galego: 529
votos, Frente de Unidade Nacionalista: 142 votos, Galicia Unida: 103 votos,
Frente Nacionalista: 0 votos e 16 abstençons) Galicia Ceibe comunicou que
abandonava a organizaçom, produzindo-se aplausos por umha parte do público.
Momentos depois fai-no Arco da Vella dizendo que nom voltariam até que se
demostre que na prática non hai erros pasados. O Partido Socialista Galego
abandonaria o BNG em Fevereiro de 1983, isto produziu umha cisom no PSG: o
Colectivo Socialista, que continuou dentro do BNG.
[14]
Já fracassado este intento de
agrupar o independentismo numha frente nacionalista unitária, aparece o
primeiro número de Espiral (Dezembro, 1982). Espiral era o vozeiro de GC
segundo consta nos estatutos da organizaçom, porém a revista aparece como
periódico independentista (periódico independentista de información e debate a
partir do número 2) sem qualquer referência ao nome da organizaçom ainda que
houvo números em que se incluíam separatas verdes com o nome e o logótipo de GC
(OLN). Pode parecer estranho que o independentismo nom tivesse um vozeiro desde
Dezembro de 1980 a Dezembro de 1982; na realidade Setembro, órgao das XUGA,
jogou esse papel durante esses dous anos, já que nom se limitava a ser um
jornal ánti-repressivo, senom que publicava textos de GC (e do PGP que já nom
era mais que um nome), artigos de análise política e informaçons nacionais e
internacionais.
A apariçom de Espiral coincide com
o relativo fracasso do BNG em aglutinar todo o nacionalismo. GC continuará
defendendo a política de unidade popular, pode-se ver o número 2 de Espiral em
que se fala do acordo conseguido com a ANG de cara às eleiçons municipais e à
política vizinhal e da necessidade de ampliá-lo ao BNG e o PSG, esta frente de
unidade popular para as municipais deveria ser um primeiro passo para ir mais
além na unidade nacionalista.
No número 2 de Espiral seguem sangrando
as feridas provocadas pola assembleia de Riazor; querendo dar mostras da sua
falta de sectarismo aparecem três secçons -ou melhor umha secçom em três partes
intituladada Censura democrática, em diferentes páginas do órgao de GC e com
a numeraçom I, II e III reproduzem-se textos que outros órgaos de imprensa
se negaram a publicar. O primeiro é um escrito da Coordinadora Nacional de
GC-OLN do 4 de Fevereiro que fora entregue (esse mesmo dia) à redacçom d’A
Nosa Terra e que nom fora publicado, o segundo é umha carta intitulada Merlín
(Ferrín) e familia enviada por Emilio Cide Fernandes ao semanário nacionalista
e que tampouco tivera a honra de ser publicado, com o segundo texto Espiral
quer demonstrar o seu nom sectarismo publicando um artigo de Xosé Manuel Beiras
que fora rejeitado por El País. No escrito da Coordenadora Nacional acusava-se
a Francisco Rodríguez de pôr fim a um debate que se dava no seio do nacionalismo
galego. O debate começara por meio de pseudónimos (heterónimos) interpostos:
No número 209 d’A Nosa Terra Dosinda Areses
[15]
publicava, na sua coluna habitual, “O meu tocho eleitoral”
onde se fazia algo de história recordando o sexto aniversário da sessom do
CC da UPG
na que foi desposeído de todos os seus cárregos e excluído Xosé González, Pepiño, inmediatamente seguido voluntariamente por Xosé García Crego, Vicente. Isto é, dous cadros comunistas, procedentes da férrea disciplina da clandestinidade, formados nos mesmos círculos revolucionarios que Xosé R. Reboiras, son expulsados da UPG. [16]
O artigo continuava com o mesmo teor
passando logo a falar de questons sindicais e das próximas eleiçons em que
(volto a citar) ...os cadros da Intersindical se atópan sós fronte ao desafío
múltiple das eleicións sindicais. Paco Serantes[
[17]
36] contestava com o artigo Aclaracións necesárias a un
tocho eleitoral, publicado no número 209 do hebdomadário nacionalista. No
número 211 Dosinda Areses censurava Paco Serantes polo estilo que utilizava
para criticar GC. A polémica contaria com mais intervinentes já que no mesmo
número, Olaia Fernández Dávila
[18]
escrevia umha duríssima Carta a Dosinda Areses em que utilizava
a ironia para reivindicar a sua pertença à umha UPG que a velha militante
nacionalista qualificava de pequeno-burguesa. Dosinda Areses renunciaria,
a fins de Janeiro, à coluna que vinha publicando n’A Nosa Terra ao ver que
nom se publicava o escrito da Coordenadora Nacional de GC referenciado; este
escrito era umha resposta ao artigo que Francisco Rodríguez assinara como
Paco Serantes. A carta de Emilio Cide tinha umha introduçom editorial que
dizia:
Carta enviada ao semanario “A Nosa Terra” o vinte e un de xaneiro do oitenta e três, con o motivo da polémica desencadeada polo artigo de Méndez Ferrín “O meu tocho eleitoral”, e inquisitorialmente pasada pola pedra do patriotismo e iluminismo de direitas.
Os enfrentamentos no seio do
nacionalismo recuperavam a virulência que tivèram antes do começo do intento
unificado de 1982.
Vendo que nem o BNG, nem o PSG (que
depois da sua saída do BNG acabaria unindo-se com EG para constituir o PSG-EG)
atendiam o chamado que se lhes figera no número 2 de Espiral GC decide relançar
as velhas Candidaturas de Unidade Popular (CUP) e, no mesmo número 3 de Espiral,
Crego, do secretariado municipal de GC, publica o artigo Ocupar o entorno
[19]
onde depois de negar-se rotundamente a participaçom em
processos eleitorais espanhóis ou autonómicos
[20]
chega-se à conclusom de que os órgaos de poder local som
“outra cousa”
Por eso eiquí compre ir máis alá da simple denuncia do sistema, compre oCUPar o barrio, a parroquia, a vila, a cidade, oCUPar os aAxuntamentos.(...)
As CUP ofrecen, en Vigo e Pontevedra, unha imaxe definida, sen concesións, por composición e programa. Pediremos o voto tal como somos. Queremos que a xente oCUPe o seu entorno, que ningún poder rapaz e especulador poida seguir machacando as novas (sic, julgo que deve ser gralha por nosas) vidas na máis total e absoluta impunidade.
No mesmo número um artigo de Antom
Árias Curto, “Cavilacións encol das municipais”, parece indicar que começam a
existir discrepáncias dentro de GC; Antom, que era concelheiro de Monforte nas
listas de Unidade Galega no momento da sua detençom, deveu radicalizar-se no
cárcere:
g) ¿Cómo competir na dinámica á
que nos forza o sistema capitalista español (eleccións municipais, xeraes,
autónomas, etc. etc...) cando os nosos medios son cativos (pouco avanzamos nos
medios de comunicación de a vietnamita) e limitadísimos? ¿Cal é a nosa
incidencia ao aceptaresmos (sic) métodos feitos por iles, iles? (...)
Poño en dúbida -hoxe por hoxe- que
a laboura dos concellaes nacionalistas galegos axude á concienciación e clarificación
ideolóxica do noso pobo. (...)
[21]
O resultado das eleiçons
municipais analisa-se no número 3 de Espiral que lhes consagra o artigo “A
nivel de grupúsculo. (Nas municipais, moito peor do previsto)”. Fala-se nel do
desastre que supugérom para o nacionalismo de esquerda, deste desastre culpa-se
à falta de unidade:
Cando desde “Espiral” reclamamos unidade popular cara as municipais, o silencio foi a resposta.
Até onde chegan os nosos conocementos,
só a organización Galicia Ceibe fixo explícita a sua vontade unitaria, convocando
unha xuntanza dos nacionalistas de esquerda. Non tiveron nen resposta
[22]
.
Así as cousas e conocidos os
resultados, compróbase o êxito das alternativas de unidade popular alí onde o
esforzo aglutinante fíxose realidade: Melide, Narón, Cambados.
As CUP nem sequer som citadas; em
Melide, onde a presença de membros de GC na lista unitária era importante,
estes aceitaram -ou preferiram- apresentar-se sob o nome de Unidade dos
viziños. O final do artigo -cujo começo venho de citar- insiste novamente na
necessidade da unidade popular:
Os resultados das municipais do 8
de maio fixeron evidente, outravolta, a necesidade de entendemento entre as
diversas forzas populares. E parécenos que esto só vai ser posible a partires
dunha práctica común no seo do movemento veciñal, consolidándoo e dinamizando a
poboación en defensa dos propios intereses.
Unidade popular e intervención
dinámica en asociacións de veciños e colectivos populares. Velaí un camiño.
Depois dos fracassos da unificaçom
de todo o nacionalismo -independentismo incluído- e das eleiçons municipais,
Galicia Ceibe celebra a sua V assembleia nacional, informa-se da mesma no
número 3 de Espiral:
Baixo un clima autocrítico a
“tumba aberta”, sen prexuicios persoais e coa úneca inquedanza da búsqueda dun
esquema organizativo e dinamizador prao independentismo, celebrouse a V
Asamblea Nacional de GALICIA CEIBE-OLN.
En Vigo, os días 4 e 5 de Xunio
(de 83), debatéronse ponencias que, no fundamental e prioritariamente, trataban
do historial da organización, aportándose alternativas de dinamización e
expansión, coa perspectiva dunha liña de actuación autónoma, afastada de
análises referenciadas a outras alternativas políticas operantes. (Manténdose
sempre a oferta de entendemento entre os nacionalistas de esquerda nun plano de
igoaldade).
É facil de observar o “queimados”
que ficáramos após o intento unificador do ano anterior e a nossa inatendida
oferta de alianças para as municipais. O momento actual vê-se com poucas
perspectivas para o independentismo:
Constatación a (sic, suspeito a
falta do signo “dous pontos” depois da palavra Constación) incapacidade física
pra chegar, no momento actual, a tódolos ámetos sociais, e con miras a evitar
un desperdicio de esforzos militantes, establecéronse prioridades na práctica
política:
a) Campaña de proselitismo;
b) Apoio e potenciación do
periódico “Espiral”;
c) Dinamización, organización e
formación revolucionaria da mocedade.
Deixava-se, porém, umha porta
aberta ao optimismo, virtude revolucionária que sempre acompanhou GC-OLN:
O interés demostrado en xente nova por fórmulas organizativas e políticas revolucionarias, fan pensar no inicio dunha nova época histórica, superadora do bache provocado pola Reforma e pola rebaixa de presupostos producida nos sectores hexemónicos da esquerda nacionalista nos últimos anos.
Como é habitual no vozeiro de GC,
o número 3 de Espiral também presta atençom ao mundo sindical. Nas páginas 3 e
4 publicam “Ante o II Congreso, militantes da Intersindical falan para nós”;
trata-se de umha entrevista, celebrada no local de Vigo, com quatro importantes
militantes da Intersindical: Fernando Acuña (do Secretariado Nacional), Agustín
Malvido (Secretário local de Vigo), Alberto F. Campos e Manuel Domínguez (do
Secretariado de Vigo). Na entrevista trata-se, entre outros, o tema da unidade
sindical:
Espiral.- Tras da converxencia
entre INTG e CSG, incorporouse á nosa central o SGTH. Non embargantes, aínda
quedan soltos SGTAP, o SGTE e o SGS. Hai posibilidades de que se incorporen?.
Malvido.- O proceso de incorporación
a INTERSINDICAL destes sindicatos vai seguir. O SGTAP está pendente dunha
asamblea de unificación con nós. Na nosa UTEG existen moitos afiliados que
verían con bos ollos unha confluencia co SGTE, aínda que podería xogar en
contra a afiliación deste sindicato do ensino á UCSTE, no que tamén está por
certo o sindicato de ensinantes de LAB. Houbo conversas co SGS que non chegaron
a bon fin. O SGS firmou acordos regresivos co INSALUD que mereceron a nosa
repulsa e a de CCOO, e isto introduce un factor negativo nas negociacións.
Hoxe por hoxe o SGS tende a distanciarse de nós. De todas maneiras a nosa
tendencia é cara unha Central Única e Galega
[23]
Nom há ainda signos anunciadores
das diferenças que surgirám no segundo Congresso:
Espiral.- ¿Pódense introducir
grandes novedades na liña da Intersindical no Congreso?.
Domínguez.- Non vai haber
diverxencias entre INTG e CSG. (...)
Além do seu trabalho municipal, na Intersindical e nas XUGA ainda potenciaria GC a criaçom do Movimento Alternativo Radical (MAR), cujo primeiro manifesto está datado em Outono de 1983, e da mocidade independentista Xerfas (em Julho de 83).
3.3.2 A CRISE DE GALICIA CEIBE
O 26 de Novembro de 1983, na VI Assembleia
Nacional de GC, um grupo de militantes apresenta umha moçom de autodissoluçom
da organizaçom, ao nom conseguirem a maioria dos dous terços exigida polos
estatutos, dezassete membros autoexcluem-se. Eu nom estivera presente na assembleia
por nom ser convocado; isto nom quer dizer que existisse qualquer tipo de
manobra contra mim, senom que é umha prova das dificuldades e problemas organizativos
por que atravessava GC (e que continuariam em parte) e que chegavam a extremos
como os de que um grupo importante de militantes bem implantado em Melide,
tendo mesmo representaçom municipal numha candidatura de unidade vizinhal,
funcionava na prática de jeito autónomo e isolado do resto da organizaçom
[24]
. Posteriormente visitou-me Árias Curto para informar-me
da situaçom (que eu conhecia parcialmente por ter recebido o número 7 de Espiral),
convencendo-me mais as razons de Antom que as dos membros da cisom, decidim
continuar na organizaçom.
3.3.2.1 ESPIRAL DEPOIS DA CISOM DE
GC
Os cindidos de GC continuam
publicando Espiral, anunciando que prosseguirám o seu trabalho no sindicato,
nas Xerfas, no MAR, etc. De facto, as suas posiçons nom som unitárias e no
mesmo número 7, Cide Cabido defende como labor prioritário e imprescindível a
construçom de um partido comunista de corpo principalmente obreiro. Na
realidade, nem as Xerfas, nem o MAR durarám muito e a sua incidência social
será escasa, Espiral vai seguir aparecendo até o número 19 (1986) com um
contido cada vez mais teórico e cultural e dedicando mesmo umha grande atençom
à realidade extra-galega (em detrimento da galega). Isto nom empece que fosse
umha publicaçom interessante e bastante rigorosa; no que mais se vai ligar à
política do país vai ser no campo sindical, participando nas polémicas que se
dam no seio da Intersindical e acabar tomando umha posiçom contraditória com a
de GC. No número 9 (Março-Abril, 1983) publica-se um editorial intitulado
¿CORRENTE SINDICAL PLURALISTA OU PLATAFORMA POLITICA SOCIALDEMOCRATA? NA
INTERSINDICAL, no artigo critica-se duramente o documento apresentado pola
fracçom encabeçada por Manolo Dios e que propunha a criaçom de umha plataforma
política e sindical de convergência, denuncia-se como umha manobra de EG. Nom
querendo ser confundidos com esta postura dim literalmente:
Este documento -compre decilo ben alto- non se corresponde coa coalición que presentou ponencias e candidaturas ao II Congreso da Intersindical (CSG-INTG) e que ficou detrás das posicións do Bloque. Como tampouco ten nada que ver co espírito da candidatura que respaldou a Malvido -por esmagadora maioría- e ao seu equipo na Intersindical de Vigo e que aceitou, por aclamación practicamente o seu escelente Informe Político.
Porém, este grupo de
independentistas integra-se na Converxencia Sindical Galega (CSG), corrente
sindical que opera dentro da Intersindical, apesar de serem conscientes de que
dentro da CSG existem correntes com as que pouco tenhem a ver. Já vimos o forte
ataque a Manolo Dios e EG do número 9; no número 10 Cide Cabido ataca com
dureza Jesus Arrizado:
da camarilla social-demócrata que en Lugo preside Pedro Luaces, da camarilla que en 1981 sae da UPG pola dereita despois que P. Luaces propoña a liquidación da UPG nos días posteriores ao 23-F, camarilla que agora tenta, por todos os indicios, combatir á UPG na INTER atraverso da Converxencia, para entregarlle as ganancias ao partido do traidor [25] que o pasado 28, afeitado e de traxe, estaba en Sto. Domingo de Bonaval sentado nos bancos do nemigo vendendo a Daniel.
Também se fala no artigo da expulsom
de Acuña e do intento de Arrizado de nom permitir a entrada de Cide Cabido
numha reuniom da CSG. Um solto da mesma página fala de que com a expulsom
de Acuña e outras “medidas demenciais” como a ilegalizaçom das correntes sindicais,
a UPG vai conseguir entregar a massa da CSG nas maos de Camilo Nogueira e
Pedro Luaces. Ainda que convivendo com estes na CSG, os redactores de Espiral
consideram-se mais próximos politicamente da UPG; os líderes que defendem
sempre som Acuña e Malvido. No número 16 (Outubro de 1985), perante a proximidade
das eleiçons autonómicas, editorializam Galegos non votar que nos volven engañar
lamentando a inexistência de um partido leninista e umha frente de libertaçom
nacional que se neguem a participar na farsa eleitoral e autonómica, acusam
o BNG de xurar a constitución e facer todo o que o poder lle mande co único
obxecto de deixar de estar “lonxe de Fonseca”
[26]
; recomendam aproveitar os dias da campanha para preparar
o primeiro congresso da CXTG, a nova central surgida da corrente sindical
CSG: O artigo CXTG-Intersindical /// Unha proposta de traballo para os
días estéreis começa assi;
A fins do ano en curso vai ter lugar o I Congreso da CXTG-Intersindical Nacional. Nel haberá, sen dúbida, un defrontamento entre aqueles que queren facer da central unha organización pactista e eliminar o seu carácter nacionalista e aqueles outros que non están dispostos a destragar o modelo sindicalista polo que loitaron, tanto na vella CSG, como na vella CTG, como na vella ING.
Camilo Nogueira e Joám Facal som
atacados nominalmente ainda que também se fala de que existe un direitismo
dentro da CXTG-IN que nada ten que ver co PSG-EG, partido con poucos militantes
activos da Central. No mesmo artigo, mostram-se partidários da reunificaçom com
a outra pola do sindicalismo galego, a INTG. O seguinte número (Janeiro-Fevereiro
1986) dedica a sua capa e umha coluna da segunda página a comentar o congresso
sob o título VIVA O PRIMEIRO CONGRESO DA INTERSINDICAL!, com estas palavras
rematara Fernando Acuña a sua intervençom de clausura no primeiro congresso da
CXTG, com elas queria dar a entender que a nova central nom estaria manipulada
por nengumha organizaçom política, a garantia disto vem-na os redactores de
Espiral na autonomia dos sindicatos de ramo, concepçom defrontada ao
“verticalismo” do BNG que se impugera, por escassa diferença, no congresso da
INTG-CSG de Outubro de 83; celebram as propostas aprovadas mas lamentan que
fosse rejeitada a definiçom independentista, que obtivo, porém, uns resultados
estimáveis (68 votos a favor, 111 em contra e 23 abstençons). No mesmo número
falam do parlamento e o governo galegos, comentando o frustrado intento de
constituir um governo de progresso, este intento fracassou ao descolgar-se do
projecto Coalición Galega; o jornal bota as culpas em última instáncia a Ramón
Piñeiro e Realidade Galega; no mesmo artigo fai-se umha crítica duríssima da
participaçom no parlamento autónomo metendo no mesmo saco o BNG e o PSG-EG.
Espiral voltará a aparecer em Julho de 1996, editado agora pola FPG, com um
novo formato e com o lema “Denantes mortos que escravos”. Independentemente do
interesse da revista (sobretudo na sua primeira etapa) opino que houvo umha
apropriaçom indevida já que Espiral era o vozeiro de Galicia Ceibe; nesta
segunda etapa utiliza-se o lema do EGPGC que nunca tivo nada que ver com os
editores de Espiral, por suposto que isto último tem muita menos gravidade já
que o lema era o que propunha Castelao, em 1937, para um novo escudo da Galiza
mas muita gente nova identificou nos últimos anos esse lema com a luita
revolucionária do EGPGC.
3.3.2.2 GC DEPOIS DA CISOM
Imediatamente depois da autoexclusom
dos 17, começa um trabalho de reagrupamento de forças levado adiante, fundamentalmente,
por Árias Curto que visita umha série de militantes e exmilitantes, alguns
deles isolados, com vistas a preparar umha assembleia nacional para ver de
reemprazar a algun dos membros da anterior Coordenadora Nacional e que eran
os que deixaron a organización. Também se vai intentar buscar unha meirande
implantación e o reagrupamente de xente afin a nós, pero que ainda está dispersa;
na nova etapa un dos traballos esenciais vai ser unha meirande coordenación
dentro da INTG.... tratando de desmarcarse daquelas posicións chamadas “sindicalmente
puras” pero que xa sabemos qué está detrás delas.
[27]
De acordo com esta política, Árias Curto, como representante
de GC, foi convidado polo Secretário Geral da INTG a umha reuniom de forças
políticas o 3 de Fevereiro de 1984 cujo tema era a greve geral do dia 14,
Antom considerou que também eu devia assistir. Sindicalmente GC porá-se do
lado do sector maioritário da INTG e nom fará parte da corrente CSG nem da
central CXTG no momento da cisom da INTG; esta política contrasta com a dos
ex-militantes que abandonaram a organizaçom. Porém, GC nom vai seguir acriticamente
os ditados da UPG, como prova pode-se ler a carta que se publica no número
0 de Galicia Ceibe em que a UPG é acusada de actuaçons que prejudicam a unidade
sindical.
Em Janeiro de 1984, celebra-se em
Vigo a VII assembleia nacional de GC, nela decide-se sacar um novo vozeiro com
o nome de Galicia Ceibe, na apresentaçom do mesmo (número 0, Março-Abril 1984)
di-se:
...transcribimos textualmente o artigo 38 [28] dos nosos estatutos: “O órgano de expresión denominarase Espiral, o seu formato, diseño e periodicidade será fixado pola Coordinadora Nacional”. No VII Plenario Extraordinario celebrado en Vigo o 15 de Xaneiro deste ano, decideuse e acordouse a creación deste voceiro oficial de G.C. para evitar confrontacións estériles e disquisicións inutis. Coidamos que sobra calquer comentario.
GC aceita os factos consumados, mas
defende os seus direitos sobre o cabeçalho usurpado. No mesmo número dedica-se
o editorial ao informe apresentado na VII assembleia
[29]
e que foi unanimemente aprovado. Destacarei no mesmo a
referência à construçom do PC e as metas prioritárias, a propósito do primeiro
di-se:
... a necesidade que a nosa nación ten dun partido comunista, capaz de recollelas experiencias revolucionarias que a nosa crase obreira conqueriu o longo da súa historia. Un partido comunista que teña ó marxismo-leninismo como guía e a independencia e o comunismo como meta. Un partido capaz de dar resposta a tódalas necesidades que a loita pola independencia e o socialismo requiren, un partido comprometido a construir tódala extructura necesaria (da que G.C. é unha parte) para que a liberación deste país seña posible. Afortalar hoxe G.C., é afortalar este proxecto máis amplo do que formará parte.
A citaçom é longa, mas julgo-a
necessária polas cousas que nela se dim e se apontam:
a) Necessidade de um partido
marxista-leninista para alcançar a independência.
b) O partido deve construir toda
umha estrutura (da que GC só é umha parte) que faga possível a libertaçom
nacional, nesta estrutura parece adivinhar-se a criaçom de um destacamento
armado.
c) GC nom é germe deste partido
nem aspira a sê-lo, ainda que, logicamente, saia das suas filas.
Resulta algo contraditório que se
diga que o partido deve construir toda a estrutura e que GC forma parte da
mesma, quando GC já está construída, também que depois do dito nom se considere
a construçom do partido como umha das metas prioritárias; opino que esta
segunda contradiçon se deve à consciência das forças actuais da organizaçom e a
primeira ao velho problema de ligar prática e teoria: ainda que na teoria o
partido deva construir a organizaçom de massas, se esta já existe e nom se dam
as condiçons para criar o partido, nom se vai liquidar a organizaçom de massas.
Bastante realistas parecem as metas prioritárias para o momento actual:
-Traballo na INTERSINDICAL.
-Potenciación e achegamento ás
diferentes organizacións da mocedade galega.
-Coordinación das loitas
marxinais.
-Aglutinamento e organización de
tódolos loitadores que inda fican illados.
O trabalho no sindicato deu uns resultados aceitáveis, paradoxalmente devido à ajuda da UPG que, dada a situaçom sindical, nom podia prescindir de nengum aliado por feble que fosse e ainda gostando tam pouco del como neste caso. Polo que fai à recolhida de elementos dispersos, o êxito foi relativo e, com freqüencia, de pouca dura: por dar algum exemplo, Margarita Ledo e Darío X. Cabana chegárom a “militar” em GC nesta época mas aginha desaparecêrom; pode que o maior êxito neste aspecto fosse a integraçom de Isidoro Padim que se fai desde o cárcere de Segóvia. Ainda no cárcere achegou o seu trabalho teórico [30] , tanto artigos para o vozeiro como relatórios para a VIII assembleia; desde a sua saída do cárcere, militou activamente -ocupando postos de direcçom- até a dissoluçom de Galiza Ceive em APU, em que também militou. Umha das primeiras campanhas levadas adiante por GC depois da VII assembleia foi em favor de Padim, pode-se achar informaçom da mesma no número 1 de Galicia Ceibe cuja capa está ocupada por um retrato de Isidoro acompanhado dos textos Padim venceu e Galicia vive, a contracapa também lhe está dedicada com três recortes de jornal (A Nosa Terra, Egin e um jornal, provavelmente galego, sem identificar) que falam da greve de Padim; polo que se pode ler do contido, a informaçom fora-lhes facilitada por GC. Padim procedia do PCE (R) —Partido Comunista de España (Reconstituído)— e depois de abandonar este partido integrou-se em GC no mesmo cárcere; o abandono do PCE(R), ligado aos GRAPO, fijo conceber esperanças nos funcionários penitenciários de que Padim podia ter madeira de arrependido; assi se exprime Padim no comunicado que envia desde o cárcere:
Em realidade as motivaçons (do castigo que lhe impugeram) som mais fundas, logo de um período de proba, comprobarom que eu nom era reconvertível, que nom ía abandonar os princípios revolucionários, que o meu desejo de incorporar-me à luita pola independencia e o socialismo em Galiza som algo mais que palavras, que é algo mui fondo ao que nom duvidarei em entregar a vida. [31]
Em 27 de Abril, Padim começa umha
greve de fame que nom abandonará até o 31 de Maio depois de que todas as suas
reivindicaçons fossem satisfeitas. O editorial do vozeiro também está dedicado
a Padim e intitula-se Galicia vive Padim venceu e remata como segue:
GALICIA CEIBE (OLN) quere agradecer a todolos que dun xeito ou outro fixeron posible a victoria que Padín conqueriu e chamalos a participar da ledicia que hoxe sente, e a redoblar os esforzos para facer da nosa nación unha realidade na que viva a xusticia, a igualdade e a libertade.
Umha concentraçom a favor de Padim
realizada perante o Palácio de Justiça fora convocada o 28 de Maio além de por
GC, polas organizaçons políticas, sindicais e ánti-repressivas seguintes: ACPG,
BNG, INTG, LCR, MCG e UPG. Entre outros actos em solidariedade com Padim, cabe
destacar a intervençom de Galicia Ceibe no IV Festival da Poesia do Condado no
mês de Maio.
GC, apesar de alguns êxitos
parciais, continua sem fazer avanços importantes, isto nom impede que seja
vista pola reacçom como um inimigo a combater de todas as maneiras: isto
explica casos como o de Víki Balhesteros -militante de 17 anos!- que o 1º de
Maio é atacada por um grupo de fascistas que a marcam com um instrumento
cortante com sendas cruzes gamadas em duas partes do corpo, a finais de Agosto
repete-se agressom sendo novamente marcada e dizendo-lhe dentro de cuatro meses
volveremos a marcarte; várias organizaçons de esquerda denunciárom estes factos
que nom lográrom o seu objectivo principal: aterrorizar Víki que continuou
militando; em Vigo, organizou-se umha manifestaçom de protesto convocada por A
Revolta, BNG, Coordinadora Feminista, Galicia Ceibe, LCR, MCG, PCG, PST,
CC.OO., INTG, MGR, SGTE e XCG. Em vinte e dous de Setembro, Galicia Ceibe
celebra umha assembleia geral extraordinária, para ver de resolver os problemas
organizativos e materiais, elege-se umha nova coordenadora que segundo a
legislaçom é comunicada ao Ministério do Interior, cujo secretário geral é
Árias Curto, que nom terá êxito no intento -acordado em assembleia- de
recuperar o património de GC incautado em Setembro de 1980. Como secretário
geral de GC, escreve em 8 de Novembro de 1984 à Audiencia Nacional solicitando
a devoluçom de:
Una máquina de escribir eléctrica.
Tres máquinas de escribir normales
Una máquina de impresión, sistema
“offssein”, eléctrica.
Material para impresión nuevo.
Apesar de que, como di na sua
carta, este material nom foi mencionado no sumário 76/80 nem na sentença 33/82,
nom figurando tampouco na relaçom de provas, a Audiencia nunca contestou e o
material nom foi devolto. Os problemas continuavam como se desprende da
circular que me envia Antom, desde Monforte, o 23 de Outubro e que reproduzo
parcialmente:
A coordinadora Nacional reunida o
21.10.84, representada polos compañeiros/as de Vigo, O Condado, Ferrol, As
Pontes, A Coruña, Allariz, Cambados e Monforte (non asistiron Pontevedra,
Melide, Santiago, Ourense) tomou os seguintes acordos....
2º.- Levar a cabo un seminario na
próxima ponte do 1ª ao 4 de Novembro nos arredores de Vigo, ou Vigo....
3º.- Ir preparando unha Asamblea
Xeral de GC para Febreiro do 85. Axiña pasarásevos unha distribución provisoria
das ponencia, co fin de que cada zona elabore a que se lle asigna. Haberá de
prazo até o 30 de Novembro, logo distribuiranse coas enmendas dispois das
discusións. Trátase de elaborar e fixar definicións teóricas cara diferentes
problemas vellos e novos (Política de Alianzas, Língua, Independentismo,
etc.)
5º.- Necesidade de sacar a
revista.... entramentras non haxa meios económicos é imposibel sacar o número
seguinte....que os compañeiros (as) que non asistiron envien a Antón as
cotizacións pendentes....
6º.- Obrigatoriedade de sacar
o nome da Organización á rua (prensa, radio, pintadas, etc.) en todas e cada
unha das Zonas, ainda que haxa poucos militantes.... Púxose como mostra o
exemplo...do Condado...a raiz das estracións ilegais no rio Tea.
[32]
Os sublinhados som meus. Várias
som as conclusons que se podem tirar:
a) Problemas de militáncia por parte de alguns membros da própria CN (muitas ausências).
b) Interesse pola formaçom dos
militantes: seminários, revista, preparaçom de relatórios, etc.
c) Importáncia que se lhe dá a
próxima assembleia, explicitada no tempo com que se convoca e no método
decidido para a sua preparaçom.
d) Os problemas económicos que
chegam a paralisar a apariçom do vozeiro.
e) Importáncia dada à projecçom pública da organizaçom.
3.3.2.3 A VIII ASSEMBLEIA. GALIZA CEIVE
A comissom encarregada da
preparaçom da VIII assembleia nacional envia o 31 de Janeiro os relatórios
oficiais e nom oficiais às diferentes zonas e aos militantes isolados. A
importáncia que se lhe dá a esta assembleia vê-se na carta que acompanha o
envio e que informa das datas de celebraçom da assembleia: 23 e 24 de
Fevereiro. Entre outras cousas, di:
Queremos facer fincapé no que se pretende conquerir desta ASAMBLEA NACIONAL: ese cambeo radical da organización no senso de facela operativa, combativa e forte. Pensamos que temos que facer un gran esforzo para que esta VIII asamblea nacional sexa o ponto de partida cara ese futuro.
O número e o contido dos
relatórios dam ideia deste esforço. Relatórios “oficiais”: Política de
Alianzas; O galego, língua da Galiza; Estatutos; Alternativa sindical;
Organización ánti-represiva; Construir a alternativa independentista; A
situación política no Estado español; Relacións internacionais; Movemento
alternativo; Alternativa de Galicia Ceibe (OLN), que inclui umha proposta de
modificaçom de estatutos. Para além dos relatórios “oficiais” (nominativamente
encargados pola direcçom nacional) umha zona apresentou o relatório Alternativa
de G.C.: Teoría, método e práctica; e Padim enviou desde o cárcere três
contributos: Necessitamos umha clarificaçom ideológica, Contribuiçom a um
debate de clarificaçom política e O marxismo-leninismo e a questom da
normativa.
Como se vê, o tema da língua
mereceu bastante atençom, sendo-lhe consagrados dous relatórios: o “oficial”
(de cuja elaboraçom fora eu encargado pola organizaçom) e o de Isidoro, os dous
defendendo teses semelhantes. O meu foi aprovado por unanimidade
reconhecendo-se os méritos da achega de Padim; a partir de entom, GC utilizará
a norma elaborada pola AGAL, mudando o seu nome polo de Galiza Ceive
(Organizaçom de Libertaçom Nacional).
Um tema que foi amplamente
discutido, ainda que nom sempre com claridade, foi o da violência
revolucionária. No relatório Política de Alianzas di-se GC non ten outra
alternativa que a de potenciar, inducir, respaldar e apoiar a METODOS
PRINCIPAIS DE LOITA...
Note-se que entre todos os verbos
utilizados nom figura o de praticar nem nengum sinónimo do mesmo, se
nom estiver claro o que significa MÉTODOS PRINCIPAIS mais adiante di-se:
...XA o expoñíamos e o aprobamos
na anterior ASAMBLEA NACIONAL, coa existencia dun Partido Comunista
Independentista Galego, coa creación duns destacamentos armados que resposten
ao terrorismo do EIE e que sexan o xérmolo do futuro Exército de Liberación
Nacional...(...) O posíbel argumento nos anos anteriores para non practicar os
METODOS PRINCIPAIS DE LOITA ... hoxe non serve.
Aqui si aparece o verbo praticar
mas em nengures se indica que o seu sujeito seja Galiza Ceive.
No relatório Alternativa de G.C.:
Teoría, método e práctica fala-se também dos MÉTODOS PRINCIPAIS DE LOITA
insistindo ainda mais que no anterior. Porém, também aqui fica claro que este
tipo de actividades deve estar desvinculada de GC:
GC. non foi, nin será unha organización armada, aínda así asúmea, respáldaa e apóiaa, xa que sin ela é imposíbel a toma do Poder pola clase traballadora e demáis capas populares, e sin ela tampouco é posíbel a destrucción do EIE.
Nos relatórios nom lingüísticos de
Padim também aparece a questom. Em Necessitamos umha clarificaçom ideológica
sem falar do protagonismo militar de GC vai-se mais longe ainda:
Um dado fundamental a ter em conta é o de que antes ou depois o imperialismo vainos exigir que nos midamos com él no terreo militar. Se nom estamos dispostos a enfrentar esta prova decisiva mais vale que nos quedemos na casa, assim nom cairá sobre a nossa conciência o pesso de ter erguido um movimento popular para expô-lo, indefenso, à represson do inimigo.
No relatório Contribuiçom a um
debate de clarificaçom política dedicado fundamentalmente à situaçom mundial
chega a falar do envio de voluntários a Euskal Herria
...nom tanto porque os precisem como porque necessitamos forjar quadros, especialmente no terreo militar, para a Resisténcia Irmandinha Galega.
No relatório Construir a
alternativa independentista volve a aparecer o tema e, desta volta, exprimem-se
com bastante claridade as relaçons entre PC, destacamento armado e GC:
Estas organizacións
(ánti-repressiva, feminista e obreira, esta última pasaría pola creación dunha
corrente dentro da I.N.T.G.) son imprescindibles e coidamos que a sua creación
é posible e necesario facela dende a única forza independentista organizada
hoxe: dende G.C. (O.L.N.).
Pero non son só estas as
organizacións que faltan a hora de completar o mapa das forzas que necesita o
Independentismo.
-Un partido Comunista
Independentista capaz de levantar unha alternativa de clase frente ao
capitalismo.
-Unha organización capaz de
enfrentarse e vencer ás forzas armadas que a burguesía ten para manter a sua
política de explotación dunha clase e colonización dunha Nación.
Pero estas duas organizacións non
poderán ser formadas dende G.C. E sabemos que a organización non se debe
definir sobre a sua necesidade ou non. E así só son asumidas polos
comunistas que hoxe están organizados en G.C. Se o plantexamos aqui é para
tratar de clarificar o proxecto político no que estamos implicados.
Decíamos ao principio a necesidade
de ter esto claro porque moitas veces por non estar recomposto o mapa do Independentismo
e ao existir... unha só das organizacións precisas (G.C.) corremos o risco
de facerlle cumplir a esta o papel das outras.
[33]
Os problemas organizativos também merecêrom a atençom da assembleia; a linha que se impom é atemperar o assemblearismo e potenciar o papel da direcçom para umha maior eficácia. Apresentou-se umha proposta de modificaçom de estatutos que afectava ao artigo 14 e o acréscimo de dous novos: 29 e 30. No 14 estabelecia-se o carácter anual das assembleias, pretendia-se mudar a bianual; apesar da matizaçom: como mínimo unha vez cada dous anos nom se aceitou e ficou como estava. Mais sorte tivérom os novos artigos 29 e 30, o primeiro foi aceitado integramente, eis a nova versom já na aprovada grafia da AGAL:
Considerar-se-am localidades ou zonas
com direito a estar representadas na Coordenadora nacional aquelas que tenham
um mínimo de cinco afiliados ou tres militantes. No caso de que nom
seja assim ir-se-am ajuntando por zonas até conseguir este número. As zonas
ou localidades terám direito a terem um membro com voz e voto por cada
dez cotizantes. A assistência à Coordenadora Nacional sem direito a voto
será livre.
[34]
O novo artigo 30 propunha a
eleiçom pola assembleia de três coordenadores com funçons de secretários gerais
e amplos poderes especificados em sete apartados, foi aceite com a modificaçom
coordenadoras por coordenadores e secretárias por secretários, nom se tratava
de umha questom de género, mas de indicar o carácter pluripessoal dos novos
organismos.
No campo sindical, decidiu-se a
filiaçom de toda a militáncia, tanto trabalhadores em activo como
desempregados, à INTG e a criaçom no seio da mesma de umha corrente
independentista. Sem embargo, houvo discussom e no relatório (oficial) sobre a
alternativa sindical dizia-se que se devia debater sobre a nossa permanência na
INTG devido à sua política reformista; já na anterior assembleia se dera a
palavra de ordem de traballar arreo na INTG que fora incumprida segundo
se desprende dos documentos da VIII assembleia.
Em todo o processo assemblear,
reflectiu-se e discutiu-se amplamente sobre o passado e o futuro da organizaçom.
Num dos relatórios fazia-se o seguinte esquema histórico:
Si tivésemos que resumir a nosa
praxe dende hai cinco anos, abreviadamente sería:
a).- 1.979 Fundación de GC.
b).- Campaña pola abstención e nas
municipais
c).- Detencións de Setembro do 80.
d).- Desaparición do PGP (finais
do 80)
e).- Legalización de GC. 1981
f).- Avandono das nosas filas de
moitos (a maioría de militantes 79-82). Absorción da CSG.
g).- GC xira entorno aos presos,
pouco máis. XuGas
h).- Espiral e logo Galicia Ceibe
(voceiros)
i).- Municipais do 83.
l).- Amnistía, 25-X, pintadas,
etc.
ll).- Participación na creación
dun Frente Nacionalista. Resultado BNG.
m).- Proposta de disolución.
Novbre do 83. Avandono de 17 militantes.
n).- Reagrupamento. Ingresos novos
(reducidos). Búsqueda dunha actuación política clara, de signo independentista.
Apesar da decissom de publicar
mensalmente o vozeiro Galiza Ceive, há que esperar o mês de Julho para que saia
a lume o número 2 do jornal; nel figura já o novo mome da organizaçom, como
resto da antiga ortografia ainda figura como data “Xulio”, no Editorial
falava-se da assembleia nos seguintes termos:
Um breve resumo dos acordos desta
AN poderia ser:
a) Creaçom dumha organizaçom da
Mocidade Independentista Galega.
b) Consolidaçom dumha corrente independentista
na INTG.
c) Galego, língua oficial da
Organizaçom.
d) Búsqueda de pontos comuns co
nacionalismo galego actual.
No vozeiro há umha destacada presença de Padim que desde Segóvia continua escrevendo e ocupa 5 das 12 páginas do vozeiro. Também figura neste número O GALEGO LÍNGUA DE GALIZA, trata-se do meu relatório que fora, como já dixem, aprovado por unanimidade. Quero salientar também Reflexións encol da situaçom da mocidade galega. Alternativas; começa dizendo Iste trabalho vai tentar de recolher em vários artigos... e está assinado com as iniciais M.C.D.; como vimos acima acordara-se a criaçom de umha mocidade independentista, esta criaçom nom só nom figura nos relatórios apresentados, senom que se fala expressamente dela considerando-a como um trabalho nom prioritário. No decorrer da assembleia, Manolo Chao convenceu-nos da necessidade da sua criaçom para a que el se sentia com forças, as iniciais M.C.D. som as suas, mas os outros artigos prometidos nunca aparecerám: Manolo Chao vai-se dedicar a outras actividades e a mocidade independentista nom se criará.
A análise demorada da VIII assembleia
poderá parecer excessiva, mas em minha opiniom é necessária, tratava-se nela
de dar um giro qualitativo a GC e conseguir umha definitiva descolagem da
mesma. Na mesma estám presentes gentes de novas geraçons como Bernaldo Penabade
ou Manuel Chao do Barro; pouco depois incorporaria-se Garcia Matos, responsável
do grupo juvenil do Bloco em Compostela. As condiçons para a descolagem pareciam
dar-se mas a descolagem se nom deu; quais as causas? Ainda que a minha opiniom
corra o risco de ser contestada, considero que foi a apariçom do EGPGC, fundado
no mesmo 1985, a que impediu o desenvolvimento de GC. Já vimos o que se passou
com Chao; em Outono
[35]
, Árias Curto -excelente organizador- passa à clandestinidade;
poucos meses despois Matalobos, um dos melhores quadros da organizaçom, fará
o próprio; no verao de 1986 será o turno de Garcia Matos, um dos melhores
quadros juvenis que deu este país. A sangria constante a que era submetida
GC por parte do EGPGC nom deixava a esta forças para desenvolver-se.
Apesar do que venho de dizer, nom
se deve concluir que GC fosse umha tapadeira legal do EG. Ambas as organizaçons
fôrom sempre completamente independentes e muitos militantes de GC nunca soubérom
das actividades do EG mais que pola imprensa, ainda que pudessem supor qualquer
cousa. Um exemplo desta independência pode-se ver já nas primeiras detençons,
em verao de 1986, nem José Samartinho Bouça, nem Jaime Castro Leal
[36]
tenhem nada a ver com Galiza Ceive, só o seu companheiro
Manuel Chao era membro de GC. Seriam julgados em 5 de Fevereiro de 1987, GC
repartiu um panfleto em que os qualificava de patriotas, rematava assi:
Daí que Galiza Ceive (O.L.N) considere um dever de patriotismo exigir à sua militáncia realizar os sacrifícios necessários para estar presente o dia 5 de Fevereiro na Audiência da Corunha, e invitar publicamente a todas as pessoas boas e generosas da Terra a proteger, com a sua presença no lugar do juiço, a esses lutadores contra o ensanhamento da Justiça espanhola.
A noite anterior ao juízo, faria a
sua apariçom pública o EGPGC. GC nunca lhe escatimará o seu apoio político, que
aparecerá com mais claridade depois do fracasso das conversaçons co BNG para
umha integraçom no mesmo; pode-se consultar o último número do vozeiro, assi
como quantidade de panfletos e outras publicaçons, tanto antes como depois da
formaçom da FPG; resulta curioso o panfleto repartido o 1º de Maio de 1987 onde
se misturam umha apologia do EGPGC com umha táctica electoralista insólita,
anteriormente, em Galiza Ceive:
(...) Trataria-se, pois, de aplicar, em linhas gerais, a estratégia dos independentistas canários e participar em todas as confrontaçons eleitorais com o objectivo de criar as condiçons para obter a maioria absoluta no Parlamento Autonómico e nomear um governo provisório que negócie com as autoridades espanholas a descolonizaçom e conseguinte traspasso de absolutamente todos os poderes à naçom. Mentres persistam as actuais condiçons de legalidade monárquico-constitucional, esta estratégia seguramente lhe daria mui bons frutos ao MLN; porque nós temos a vantagem, a respeito dos canários, de que já nom estamos indefensos perante a violência do Estado Imperialista Espanhol. Agora existe Um Exército Guerrilheiro do Povo moralmente obrigado a neutralizar os efeitos destrutores dessa violência sobre o Movimento de Libertaçom, e a facilitar-lhe ao nacionalismo popular e revolucionário a luita pola maioria absoluta. (...) nom nos cabe a menor dúvida de que se...as autoridades espanholas se negam a um traspasso pacífico de poderes, o EGPGC estará mais que capacitado para assumir com êxito o protagonismo....
Resulta curioso este “cubilhismo”
que durante algum tempo afectou umha parte de GC, digo isto porque rompe com a
tradiçom nacionalista e postos a buscar um modelo deste tipo, o irlandês
inscrevia-se muito melhor na cultura galeguista e, na mais recente, também o
vasco resultaria mais lógico; tanto no caso irlandês como no vasco dava-se a
existência de um grupo armado (chamado “exército” na Irlanda). Este
“cubilhismo” foi de pouca duraçom e creio -sem poder assegurá-lo- que procedia
do Padim, nel seria mais explicável dada a sua trajectória política.
GC nom leva adiante umha política
ánti-Bloco como fam os redactores de Espiral; no número 2 de Galiza Ceive
di-se:
Temos moi claro que os-as do
B.N.G. som hoje os nossos aliados principais que nom temos contradiçons
antagónicas algumhas entre independentistas e nacionalistas e asim lhe-lo
amossámos:
1º de Maio em Vigo
O Dia da Pátria em Compostela
O último conflito da I.N.T.G.
Temos claríssima a necessidade dum
amplo frente de libertaçom nacional onde todos confluamos na loita contra o
inimigo principal que é o Estado Imperialista Espanhol, sabemos que nom é tempo
de andar em trifulcas e escaramuças tam usuais noutros tempos, e assim lhe-lo
estamos demonstrando aos nacionalistas e companheiros do B.N.G.
Padim informa-me desde Segóvia que
se lhe vem de oferecer a chefia do conselho de redacçom do vozeiro e solicita a
minha colaboraçom. Ainda que nom lha neguei, o conselho nunca chegou a
funcionar correctamente e as dificuldades para sacar o vozeiro eram grandes: o
número 3 sairia em Outubro do 85 e inclui o seguinte quadro:
Galiza Ceive sairá a rua outra vez
dentro duns meses.
A gente encarregada de organizar
este número quer que proximamente o seu conteúdo seja melhorado, para o que se
necessita umha ampla colaboraçom. Esta colaboraçom pode ser enviando noticias,
artigos, fotos...ou também na sua distribuiçom. Para qualquer comunicado coa
revista ou com Galiza Ceive (Organizaçom de Libertaçom Nacional) escrever ao
apartado 107 de Vigo.
Ficam longe as intençons de periodicidade
mensal e o chamado deixa ver as dificuldades existentes. O seguinte tem um
formato distinto e nom consta a data de apariçom (saiu a finais de 1986 e
a elaboraçom material correspondeu a Compostela), nel volta a figurar o quadro
reproduzido acima, também se saúda neste número o primeiro congresso do P.C.L.N.
num artigo em que, sem faltar elementos críticos, salienta-se o positivo do
facto
[37]
; também se reivindica a militáncia em GC do já encarcerado
Chao do Barro por meio da reproduçom de umha carta a Punto y hora de Euskal
Herria (13-20 de Novembro de 86) de um preso comum galego. O último número
de Galiza Ceive tampouco está datado, ainda que polos seus contidos podemo-lo
situar em Dezembro de1987; começa com um editorial de despedida:
Este possivelmente seja o último vozeiro de Galiza Ceive (O.L.N.) mas nom nos despedimos com tristeza, nom nos despedimos com a tristeza dos derrotados, dos fracassados; senom com a alegria de saber que o independentismo prossegue, e muito mais agora, na sua linha de firme combate com a esperança de vitória. A desapariçom do vozeiro será o resultado inevitável, precisamente, deste avanço do independentismo. Se os esforços do PCLN, Colectivos Nacionalistas e da nosa organizaçom frutificam, dentro de pouco tempo tempo vai estar na rua unha revista que superará em todos os sentidos a que nós vimos oferecendo ao público.
Galiza Ceive equivocava-se: a nova
revista nom chegou a sair, nem antes da constituiçom da FPG como se pretendia,
nem depois da mesma. GC tomou muito a sério -nom foi a única- o processo
unitário e estivo disposta a fazer os sacrifícios necessários para o seu éxito,
um deles foi o do seu vozeiro. Julgo interessante reproduzir parcialmente a
circular interna Proposta de tarefas imediatas para Galiza Ceive, anterior ao
último número do vozeiro:
1) Reeditar o vozeiro.
1.1) Invitar a participar o PCLN e colectivos enviando artigos
assinados.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.4) Os temas a incluir seriam, em princípio, os seguintes:
1.4.1) Tema crise da Junta.
1.4.2) “ EGPGC. Ferrol. Presos.
1.4.3) “ Negociaçom ETA-Governo.
1.4.5) “ Diada catalana.
1.4.6) “ Conflitividade social em Galiza.
1.4.7) “
Lingüístico.
1.4.8) “ Feminismo e Problemática da Mulher Galega.
1.4.9) “ Estudantado (por um ensino galego e em
galego)
É de salientar o convite a outros
colectivos que nom o aceitárom. O contido do vozeiro nom se corresponde com
o plano elaborado, sem dúvida contribuíu a precipitaçom com que se quijo sacar,
já que se via como iminente a apariçom da nova revista independentista e havia
que se despedir, ficam sem tratar os temas 1.4.1
[38]
, 1.4.3, 1.4.4, 1.4.8 e o 1.4.9 só recebe um tratamento
colateral no artigo Relaçons entre estudantes galego-portugueses; porém, as
páginas centrais estám ocupadas por um longo trabalho que recolhe a posiçom
de GC perante o processo unitário em curso: Umha frente patriótica: a força
da naçom.
Voltarei atrás depois de rematar a
história do vozeiro. Falei antes dos problemas de GC para fortificar-se como
umha força independente, também falei da nossa política de procurar a amizade
do Bloco, onde considerávamos que militava um número importante de
independentistas. Com estas duas premissas, na assembleia celebrada em
Santiago, em 1986, discutiu-se em GC a conveniência da integraçom como
colectivo dentro do Bloco, críamos que dentro do Bloco poderíamos
fortalecer-nos, atraguendo alguns desses independentistas às nossas filas ainda
que éramos conscientes das dificuldades e pensávamos na possibilidade de umha
futura expulsom. Chegamos à conclusom de que pagava a pena intentar a aventura
e que no caso de entrar para depois sair (nom pola nossa vontade), seríamos
mais os que saíssemos que os que entrássemos. Começámos alguns achegamentos
informais de tento, numha reuniom com Beiras (em que estávamos presentes Antóm
Bértolo, Garcia Matos, eu e alguns camaradas mais) este mostrou-se extremadamente
favorável aduzindo que nun momento em que o Bloco estava abrindo-se para a
direita seria útil a integraçom de Galiza Ceive para “contrarrestar”. Mais de
um mes depois de feita a demanda formal, chegou a seguinte carta:
O Consello Nacional do B.N.G ten
decidido aceitar a vosa proposta de manter conversas a respeito dunha posíbel
integración da vosa organización. Neste sentido, como cremos que efectivamente,
compre un cámbio de opinións ben matizado entre ambas as duas formacións
políticas, acordamos que estas conversas deben iniciarse a comenzos do mes de
setembro pois que será un intre oportuno tanto desde a perspectiva inmediata da
actuación do B.N.g (sic), como por significar unha posibilidade real de que
sexan efectivas.
Nada máis, recebede un saúdo
patriótico do Consello nacional do BLOQUE NACIONALISTA GALEGO
Santiago, sete de xullo de 1986
Polo C.N. F. Rodríguez
Como se vê pola carta assinada por
Paco Rodríguez, as cousas nom se apresentavam tam singelas como dizia Beiras.
Além do tom frio da comunicaçom, o facto de adiar as negociaçons até Setembro
era pouco alentador, porém, GC chama o 25 de Julho de 1986 a manifestar-se com
o BNG. A candidatura de GC seria apoiada no CN polo PCLN e polo grupo de Ferrol
que tinha umha posiçom crítica dentro do Bloco. Finalmente a nossa candidatura
será rechaçada pola maioria do conselho, mas isto serviu para estreitar laços
entre GC, PCLN e o grupo de Ferrol.
[1]
Deve ser
um erro já que sem dúvida se refere ao artigo “¿O que é o Bloque Nacional-Popular?”
publicado no número 40 de Terra e Tempo (o editado pola UPG l-p) de Junho
de 1977, em Julho apareceu um Terra da UPG oficial sem nengumha alusom a
este tema.
[2] Em Julho
de 1979 (como já vimos) o Sempre en Galicia informava da apariçom de GC como
organizaçom independente do PGP que lhe dava o seu apoio crítico.
[3] Assi o
manifesta Pelos (Nieto Pereira) no número 3 de Espiral.
[4] O
militante de GC encarcerado critica o tratamento informativo que dera a estes
factos Anton Landeira no numero 3 da
mesma revista (próxima ao POG).
[5] Como verei
mais adiante Setembro serviu, também, como vozeiro do independentismo.
[6] Está-se
referindo à LAR.
[7] Vejam-se,
também, mais adiante os relatórios da VIII Assembleia de GC.
[8] Podem-se
seguir as fases do processo nas páginas de A Nosa Terra desse ano
[9] A Asamblea
de Nacionalistas Galegos constitiu-se em Abril de 1981, na sua maioria
estava formada por pessoas expulsas da UPG e da AN-PG em 1980; duraria pouco
tempo. Inicialmente criticavam o projecto de unificaçom ainda que logo participárom
nel.
[10] 12-18 de
Março.
[11] Nesta
altura ficam no cárcere Nieto Pereira, Cide Cabido, Árias Curto, Atanes Gómez,
Arturo Estévez e Edelmiro Domínguez.
[12] Neste
colectivo figuram pessoas que abandonaram recentemente a UPG e a AN-PG (ou
foram expulsas), como Garcia Montes ou Manuela Fraguela. Nom deve confundir-se
com a ANG ainda que coincidissem no tempo a sua saída do partido e / ou da sua
organizaçom de massas.
[13] Pequeno
grupo de Lugo cujo dirigente mais importante era Pedro Luaces, o antigo
secretário geral da UPG começara umha evoluçom que o levaria a ser, na
actualidade, um home de confiança de Cacharro Pardo. O grupo durou pouco.
[14] Ver Espiral
número 2 e A Nosa Terra número 202.
[15] Heterónimo
de Méndez Ferrín.
[16] Cito por
Dosinda Areses: Prosas completas. Recompilación e prólogo de Antón Capelán.
Vigo, 1998.
[17] Pseudónimo
ou heterónimo de Francisco Rodríguez.
[18] Actual
deputada do Parlamento Galego polo BNG.
[19] No
original, com as letras cup de ocupar reproduzia-se o logotipo das CUP, cousa
para que eu nom tenho meios.
[20] A FPG,
organizaçom em que militam actualmente Crego e Ferrín, participa nas eleiçons
tanto espanholas como autonómicas. Devo reconhecer que dizem fazê-lo para
aproveitarem as oportunidades legais que deixa o sistema de defender o programa
e as ideias da FPG; reclamando inclusive a liberdade dos presos
independentistas. Também GC se apresentara às primeiras autonómicas polas
mesmas razons, mas retirara a sua candidatura ao final da campanha, cousa que
nom fai a FPG.
[21] Também
Antom mudaria de opiniom com a passagem do tempo. APU participou nas eleiçons
municipais de 91 (eu próprio encabeçava as listas de Santiago) e nas
autonómicas de 93 ainda que chamou à abstençom nas espanholas deste mesmo ano.
[22] Esta
afirmaçom parece contradizer a do número 2 sobre o acordo logrado com a ANG. É
possível que na altura já desaparera a ANG; ignoro a data da sua autodissoluçom
mas sei que durou muito pouco.
[23] O SGTAP
integraria-se aginha na Intersindical.
[24] Depois de
redigidas estas linhas informa-me Árias Curto que el (militante qualificado que
havia pouco saíra do cárcere) tampouco fora convocado. Inteirou-se casualmente
da celebraçom da assembleia poucos dias antes da sua celebraçom e procurou
avisar outros camaradas que tampouco foram convocados já que temia umha
operaçom como a que logo se deu. Sem que isto anule o dito sobre os problemas
organizativos, parece que nesta ocasiom tratou-se a mantenta de que a
assistência fosse reduzida para poder sacar adiante a proposta de
autodissoluçom. Com este testemunho haveria que valorar diferentemente o número
de votos a favor e em contra.
[25] Julgo que
se está a referir a Camilo Nogueira e ao traslado dos restos de Castelao.
[26] Nesta
altura o Parlamento galego tinha a sua sede em Fonseca.
[27] As
citaçons som de Árias Curto e estám tirada de um artigo que se publicou n’A
Nosa Terra, no recorte que possuo nom figura a data mas deve situar-se na
primera semana de Dezembro.
[28]
Possivelmente se trata de um erro por 28. Nom disponho dos primeiros estatutos
mas nos estatutos modificados que apenas variam neste ponto, o artigo dedicado
ao vozeiro é o 28.
[29] A palavra
plenário tomou-se da cultura política portuguesa depois do 25 de Abril, a AN-PG
usava-a sistematicamte. Em GC dá-se umha duplicidade de usos plenário /
assembleia até que se acabou impondo assembleia e abandonando plenário.
[30] Já no
número 0 de Galicia Ceibe publica Contribuçom a umha fundamentaçom teórica do
Independentismo Galego. Há umha introduçom editorial que di:
En Galicia Ceibe (OLN)
conviven diferentes ideoloxías, este traballo elaborouno un dos membros
comunistas que milita na nosa organización, actualmente preso na cadea de
Segovia.
O das
diferente ideologias era mais um desejo do que umha realidade.
[31] Galicia
Ceibe, número 1, Junho-Julho, 1984.
[32] Campanha
popular na que GC jogou um papel de primeira importáncia.
[33] Os
sublinhados, como o resto dos que aparecerem no texto dos relatórios, som meus.
[34] Nem os
velhos nem os novos estatutos diferenciavam afiliados, militantes e cotizantes.
Fala-se só de “membros” e “militantes” sendo termos sinónimos e
intercambiáveis. Na prática existia a figura do “simpatizante” sem mais
obrigaçom que pagar umha quota e defender a política da organizaçom.
[35] Num
documento do EGPGC (Outubro de 89) di-se O mês de Outubro do ano 1985 Árias
Curto marcha para Portugal com umha mala cheia de moral revolucionária... O
próprio Antom confessou-me que passara à clandestinidade em 8 de Dezembro; a
aparente contradiçom de datas pode nom sê-lo, já que a viagem a Portugal nom
tinha porque coincidir com a passagem à clandestinidade. Em qualquer, caso
prefiro escrever Outono para dar cabida às duas possibilidades.
[36] Militante,
injustamente esquecido, que perdeu a vida como conseqüencia da sua participaçom
no processo revolucionário galego.
[37] Contrasta
esta atitude com a de Espiral que ao dar notícia do V Congresso da UPG
di:
Logo do V
Congreso, poucas novidades no Bloque-UPG. Un outro grupo que se rebela, pero
pouco, siguen dentro, falan pouco e pouco claro. Tan pouco falan que nen van ao
Congreso. Pero, eso sí, siguen dentro, ata o xuicio final. Un respeto.
Mais
adiante acrescentam: por eso dubidamos do carácter comunista da facción
esgazada da UPG que non do Bloque. Estám-se a referir ao grupo que se cinde da
UPG para criar o Colectivo Comunista 22 de Marzo e que o 25 de Julho se
transforma em Partido Comunista de Liberación Nacional (PCLN). Curiosamente
acabariam juntos na FPG, segunda etapa, e Espiral iniciaria em Julho de 1996
umha segunda andadura, editada pola FPG.
[38] Há umha
tira de desenhos alusiva ao facto.
DA CRISE NO COMITÉ CENTRAL
DA UPG EM 1976 À CISOM DA FPG EM 1989